Fotógrafo capturou Lua Gigante ou "GigaMoon" a partir de 280.000 fotos
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O fotógrafo especializado em astrofotografia, Andrew McCarthy, conseguiu capturar uma imagem impressionante da Lua chamada de "GigaMoon", com uma resolução altíssima de 1,3 gigapixels, composta por 280.000 fotografias.
Essa imagem era um objetivo antigo de McCarthy, que enfrentou diversas tentativas frustradas devido às más condições climáticas.
Segundo McCarthy, ele possui várias tentativas fracassadas do GigaMoon armazenadas em seu disco rígido. Ele verifica a previsão diariamente para avaliar as condições, mas há um aspecto específico do clima que não é visível na maioria das previsões. Para lidar com isso, ele utiliza um aplicativo meteorológico especializado em astronomia chamado Astrospheric, que o mantém informado sobre as constantes mudanças nas condições da atmosfera superior.
McCarthy utilizou um telescópio de 11 polegadas com um powermate de 2,5x, o que proporcionou uma distância focal de 7000mm. No entanto, as variações de temperatura entre as camadas atmosféricas podem causar uma aparência embaçada e instável da Lua quando vista por meio dessa ampliação.
Apesar das condições relativamente boas, ainda houve fases em que as condições não eram ideais. Por isso, McCarthy fotografou a Lua inteira duas vezes para garantir que qualquer painel ruim fosse coberto. Ao todo, ele capturou 140 painéis, totalizando 280.000 imagens.
Para adicionar as cores à imagem, McCarthy utilizou um telescópio newtoniano de 12 polegadas equipado com uma câmera CMOS full-frame. Embora a câmera também fosse monocromática, ela possuía um filtro giratório, o que permitiu a alternância entre filtros vermelho, verde e azul durante as capturas. Essa técnica permitiu obter dados de cores de alta qualidade que puderam ser adicionados à imagem final.
Juntar todos os dados capturados foi uma tarefa desafiadora, exigindo um grande poder de processamento computacional. McCarthy utilizou a técnica de "subpixel shift" para criar uma imagem ampliada a partir do conjunto de imagens, o que levou vários dias para ser concluído. Em seguida, ele uniu manualmente todas as imagens no Photoshop, identificando e ajustando possíveis painéis ruins, além de fazer pequenos ajustes na orientação, considerando a "libração" - a sutil mudança de ângulo da Lua durante as capturas.
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Após vários dias dedicados à montagem da imagem e à realização de ajustes de edição, como composição, contraste e cor, McCarthy dividiu a imagem em partes para facilitar o processamento em seu computador, devido aos requisitos de memória.
No geral, a imagem foi dividida em várias partes e remontada de 10 a 15 vezes na última semana, enquanto ele realizava essas pequenas edições. Isso garantiu que o resultado final fosse impecável em sua totalidade e também quando ampliado.
McCarthy relata que seu computador travou "pelo menos uma dúzia de vezes" durante o processo de criação do GigaMoon. Para visualizar a imagem completa de 1,3 gigapixel, acesse este link aqui.
É admirável a paciência, dedicação e paixão que Andrew McCarthy demonstrou ao tirar e editar tantas fotos para criar a imagem impressionante do "GigaMoon". Esse projeto exigiu um verdadeiro comprometimento com a excelência, superando desafios técnicos e climáticos para alcançar um resultado magnífico. A habilidade de McCarthy em capturar a essência da Lua em uma resolução tão alta é inspiradora.
Mais do trabalho de McCarthy pode ser encontrado em seu Instagram e site.
O que você achou desse projeto? Vendo a imagem final do "GigaMoon" e conhecer os detalhes por trás da sua criação, teria a mesma coragem para capturar uma imagem da superlua incrível assim? Conta aqui pra gente :)
Créditos da imagem: Todas as fotos do Andrew McCarthy.
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