Dicas para fazer imagens aéreas com drones
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Os drones vem ganhando cada vez mais espaço nas mochilas de fotógrafos e videomakers. Porém, é preciso muita técnica e prática para extrair o melhor que este tipo de equipamento pode oferecer! Sendo assim, preparamos um post com dicas para fazer imagens aéreas bonitas (e em segurança).
O fotógrafo, videomaker e cinegrafista do Canal OFF, Evandro Rocha separou dicas preciosas para tirar fotos incríveis com drones. Você confere todas elas abaixo!
1. Seja cauteloso
Em primeiro lugar, seu drone deve estar cadastrado na ANAC, e você como o piloto do drone. Se você ainda não fez esse procedimento, que é simples e gratuito, volte uma casa.
Depois, todo mundo pensa que para fazer uma imagem aérea é só comprar o equipamento e sair voandom, mas não é bem assim. É importante estudar sobre os riscos e regras, como não voar em lugares próximos a aeroportos e fios de alta tensão.
Ter cautela no primeiro contato com o drone é importante. Algumas pessoas compram o drone e vão testá-lo dentro de casa. Isso pode causar acidentes. Além de perder seu drone batendo em uma parede, você pode machucar outras pessoas. Drone não é brinquedo.
2. Movimentos suaves
Quem não tem experiência, acaba dando comandos muito bruscos no controle, especialmente na hora de frear. Quando você solta o controle, como o drone fica parado por localização do GPS, ele tem que fazer uma força reversa para poder parar, o que pode gerar alguns trancos se a decisão de parar for tomada de repente.Então, é interessante fazer movimentos suaves. Tanto para parar quanto para acelerar. Comece lentamente. Dessa forma, além de evitar surpresas, como o drone ir rapidamente para uma parede ou árvore, você também terá uma qualidade melhor de imagem quando estiver filmando, sem tremidas.
Além disso, manusear seu drone com suavidade ajudará a economizar a bateria.
3. Estude o ambiente
É legal identificar sua localização no terreno que será filmado ou fotografado. A maioria dos drones operam com GPS, então, quando você decola, você consegue ver sua posição no visor do controle. Então, para voltar, é possível identificar no mapa para que lado você tem que retornar.
Só que às vezes o sinal do GPS se perde, então você terá que voltar para o local de pouso acompanhando as imagens capturadas pelo drone. É como se você estivesse dentro de uma cabine de um avião, sua visão será a visão do equipamento. Por isso é importante ter um ponto de referência que você consiga identificar facilmente pelas imagens geradas pelo drone.
Por exemplo, se você estiver em uma área com muitas árvores parecidas, escolha uma que não irá gerar confusão na hora do retorno caso o GPS pare de funcionar. Assim, ao avistá-la, você saberá que está no caminho certo.
Só que às vezes o sinal do GPS se perde, então você terá que voltar para o local de pouso acompanhando as imagens capturadas pelo drone. É como se você estivesse dentro de uma cabine de um avião, sua visão será a visão do equipamento. Por isso é importante ter um ponto de referência que você consiga identificar facilmente pelas imagens geradas pelo drone.
Por exemplo, se você estiver em uma área com muitas árvores parecidas, escolha uma que não irá gerar confusão na hora do retorno caso o GPS pare de funcionar. Assim, ao avistá-la, você saberá que está no caminho certo.
4. Cores de cinema
Os drones têm uma configuração padrão de cores, com tudo muito saturado e contrastado, o que dá um aspecto até meio amador às imagens. Então, se você procura por um resultado mais profissional, a sugestão é mudar o perfil de cores.Utilize o modo Cinelike, que proporciona uma imagem mais flat, que é com menos contraste e menos saturação. O que permite um trabalho melhor na pós-produção, principalmente para quem for editar esse vídeo, trabalhando as cores durante o tratamento da imagem.
Além disso, faça alguns ajustes manuais. Vá até as configurações e mude os níveis de nitidez, contraste e saturação. A dica é utilizar -2 de nitidez, -2 de contraste e -1 de saturação. Lembrando que essa nitidez não altera a nitidez da captura da imagem, ela é uma nitidez digital aplicada, por isso não precisa mantê-la.
5. Movimento tilt suave
Um dos movimentos mais usados para fazer imagens aéreas é o de “tilt”, que seria o movimento da câmera na vertical, ou seja, quando o drone sobe e desce. Só que, também nas configurações padrões dos drones, esse movimento é bem sensível.Ao controlar manualmente sem nenhuma adequação, nem sempre é possível atingir o nível de suavidade no movimento esperado, o que pode deixa-lo um pouco agressivo, criando imagens não tão agradáveis.
Mas é possível suavizar esse movimento também nas configurações.
6. Movimento de pan suave
Ao contrário do movimento tilt, em que apenas a câmera se movimenta, para fazer um movimento pan, na maioria dos drones, é preciso deslocar o equipamento inteiro. Pan, para quem não sabe, significa panorâmica, ou seja, quando a imagem é feita com o drone se movimentando para os lados, esquerda ou direita.
E é aí que entra, mais uma vez, a questão da sensibilidade para lidar com o controle do drone. Basta acessar o controle exponencial (EXP) nas configurações do aparelho.
Essas duas dicas, 5 e 6, são para que seus movimentos sejam mais constantes, evitando trancos durante a gravação das imagens.
7. Ponto de interesse (POE)
Esse é um recurso muito interessante nos drones da DJI, por exemplo, que é o que chamamos de movimento Matrix. Selecione um ponto de interesse e escolha uma distância que você quer ficar desse ponto e qual a direção que você quer que o drone faça o giro.
Ainda é possível determinar qual a velocidade desse movimento. Pronto, o drone faz um voo circular mantendo a câmera sempre apontada para esse ponto. E você ainda pode continuar controlando manualmente a distância desse ponto e a altura.
Isso é muito legal para fazer imagens de locais mais altos, como uma torre de uma igreja ou uma árvore.
8. Olhe para baixo
Muitas vezes, podemos nos impressionar com a visão de cima para baixo, mas estamos muito condicionados a fazer o voo com a câmera para a frente, que é a imagem com perspectiva, muito similar à imagem que temos quando estamos em um ponto alto.
Fuja do convencional, tente algo novo. É muito interessante o resultado de imagens feitas de cima para baixo, gerando cenas mais únicas, com uma perspectiva muito diferente que só pode ser alcançada em voo. É um ângulo de visão muito parecido com o de um satélite. E muitas vezes a gente pode se surpreender.
Utilizando essa técnica, é possível criar cenas com linhas, com harmonia de formas e enquadramentos bem diferentes.
9. Filme em 4K
A maioria dos modelos recém-lançados permitem que você faça vídeos com resolução 4K. É importante usar essa resolução porque ela te dá uma infinidade de opções depois. Mesmo se o resultado final do vídeo for exportado em full HD (1080p), filmando em 4K você tem a possibilidade de dar zoom digital na imagem, fazer cortes (crop), se necessário, para esconder algumas partes que você não queira que apareçam, ou ainda fazer movimentos de pan e tilt na pós-produção sem perder resolução.Se filmar em full HD e tentar fazer esse tipo de artifício na pós-produção, você perderá nitidez.
E o que pode parecer um problema ao filmar em 4K, que são os tamanhos de arquivo, tanto para armazenar quanto para editar, há algumas dicas importantes.
A primeira delas é não ficar filmando o tempo todo. Filme por takes. Não precisa apertar o rec logo que você está levantando voo. Primeiro, imagine o movimento, faça um plano de voo e, só então, quando estiver no ponto que deseja, dê o REC. Ao terminar essa tomada, pare a gravação e se prepare para a próxima. Assim, você evita gerar arquivos que não serão utilizados depois, como partes de movimentos bruscos ou os momentos de pouso e decolagem.
A segunda dica diz respeito à edição. Para aqueles que não têm uma máquina superpotente, estudem um pouco o uso de edição com proxy, onde você não usa o arquivo final para realizar as alterações. O software cria um arquivo reduzido para que o processo de edição fique mais leve. Porém, é importantíssimo lembrar de desativar a opção de proxy ao encerrar o trabalho, para que o filme seja exportado em sua qualidade máxima.
10. Surpreenda fazendo hyperlapse
Esse é um recurso bem utilizado no cinema que não é nada mais que um timelapse com movimento. Então, além de ter a aceleração do tempo do timelapse, quando se cria um hyperlapse, você acrescenta movimentos nesse vídeo acelerado. E com o drone, isso não é só possível como fica fantástico devido à extrema estabilidade que o voo te dá.
Funciona mais ou menos assim. Se para fazer o timelapse você tira várias fotos de um mesmo ponto, com a sua câmera parada, no hyperlapse, durante as pausas entre uma foto e outra, a câmera é movida alguns centímetros, dando a ideia de movimento no vídeo final. Por exemplo, você vai fazer uma foto por segundo durante cinco minutos de voo.
Dá uma olhada nesse hyperlapse feito com drone pelo videomaker Jonathan Lucan:
BÔNUS
A dica bônus talvez seja a mais importante: não adianta nada ter um portfólio lindo em mãos se você não tem onde exibi-lo. É muito importante ter um site profissional para seu trabalho chegar à cada vez mais pessoas por meio do Google, e até mesmo para receber contatos de pessoas interessadas no seu trabalho.
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